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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Juliana no Auge

Matéria da revista IstoÉ Gente, edição 491 de 9 de Fevereiro de 2009




TEXTO SIMONE BLANES E MACEDO RODRIGUES
CONCEPÇÃO DE BELEZA: ALÊ DE SOUZA/OFFICECOMM


Juliana Paes chega faminta ao estúdio de Nana Moraes, no bairro da Glória, Rio de Janeiro. "Quando ia tomar café hoje de manhã, o arquiteto já estava me aguardando na sala para conversar sobre umas reforminhas que esta mos fazendo em casa. A conversa rendeu, me atrasei e saí de lá sem comer nada", conta, referindo-se ao novo lar para onde se mudou recentemente com o marido, Carlos Eduardo Baptista. Longe dos cenários da novela Caminho das Índias, na qual interpreta a doce Maya, a atriz assume o papel de uma dona-decasa comum cheia de afazeres domésticos. No camarim, antes de começar a se preparar para as fotos, ela devora um prato de abobrinha recheada com frango e não resiste a um pacote de suspiros. "Aqui não existe dieta, né?", brinca ela com o maquiador Alê de Souza, para quem confessa sofrer sempre que vê o marido comer à noite. "Você sabe que bofe janta, não é, Alê? É um problema. Pode ser 10h da noite que ele não quer saber: faz um pratão e manda ver. Eu fico ali olhando, louca para comer também, mas me seguro", diverte-se.




Mesmo mantendo uma vigília constante na balança, Juliana está mais relaxada este ano. Afinal, a pressão do Carnaval não a acompanha mais. Depois de cinco anos, ela deixou o posto de rainha da bateria da Viradouro para dedicar-se à trama da Rede Globo. "Por trás de todo glamour e beleza do Carnaval, tem muito trabalho. Tem que ir aos ensaios e à quadra para estar harmonizada com a bateria.
Quando tive certeza que iria fazer a novela, em um papel tão difícil de protagonista, achei que estava na hora de fechar o ciclo, de deixar saudades", explica Juliana, que está vivendo uma fase de amadurecimento e transformação de imagem. Ela deixou de ser a "boa" da propaganda da cerveja e mudou também a forma de se vestir, deixando de lado as roupas justas. "Acho que não tenho mais idade para usar certas coisas e por isso a mudança. Tenho procurado peças mais clássica s porque tenho formas exuberantes", justifica a atriz de 29 anos. Agora, sua atenção e dedicação estão voltadas à superprodução de Gloria Perez que a coloca no Olimpo da Rede Globo. Até o sonho de ser mãe ainda este ano foi adiado. "Por enquanto estou na vontade e sei que vou realizar a qualquer momento, mas não é um assunto que esteja me assombrando agora. Quando a novela acabar, aí eu vou ver", diz.




O que Juliana quer é emocionar o público com sua Maya, assim como ela mesma emocionou-se com a recente minissérie Maysa - Quando fala o coração, estrelada pela atriz Larissa Maciel. Durante a sessão de fotos, Juliana empolgava-se ao comparar sua maquiagem com a da cantora. "Estou com os olhos de Maysa", diz. Ela conta que não conseguia dormir sem assistir aos capítulos. "Depois acordava de manhã e me pegava cantando: Meu mundo caiu e me fez ficar assim...", diverte-se. Se Juliana é fã de tevê, já não pode dizer o mesmo da internet. Campeã da lista de busca no Google Brasil em 2008, segundo a pesquisa Google Zeitgeist, ela se mostra surpresa com o resultado, já que não é adepta de computadores. "Fiquei lisonjeada, mas não sou interativa. O que me incomoda é quando colocam meu nome e não sou eu", afirma. Na rede, a maioria dos links traz sua imagem como símbolo sexual, mas isso não a afeta. "Isso não me coloca em uma posição de que eu tenha que fazer só trabalhos vinculados com sensualidade. Então, não me incomoda, é só um elogio", argumenta.





Juliana x Maya

Se em Caminho das Índias Juliana vive uma romântica indiana, na vida real a atriz se diz menos sonhadora, porém não menos apaixonada. "Eu não sou tão romântica quanto a Maya. Gosto de receber flores, jantar à luz de velas, mas nunca sonhei com um príncipe encantado. Maya é muito sonhadora, quase açucarada. Sou mais prática, mas já fiz coisas como enfeitar a casa toda com bilhetes e me vestir de gueixa para um jantar japonês ou coelha para entregar um ovo de Páscoa. A fantasia era gigante, toda de pelúcia, que eu peguei no Projac", diverte-se. "Por outro lado, ela se parece comigo porque é perseverante. Vai batalhar pelo que quer de verdade. Eu sou assim, não meço esforços quando quero alguma coisa."





Bagagem indiana

Juliana passou 26 dias na Índia e voltou transformada. "Lá é tudo tão lúdico porque as pessoas são pobres, mas estão sempre coloridas e adornadas. E não são tristes pela pobreza porque vivem a espiritualidade, acreditam estar aqui só de passagem. Voltei da Índia com uma sensação de que tenho uma missão a cumprir. Lá, tive essas reflexões com muita frequência". Mas não foi só a bagagem espiritual que ela trouxe na mala. A nova residência também ganhou um toque oriental na decoração. "Comprei muitos panos coloridos para enfeitar minha casa e pingentes de cristal que a gente põe na soleira da porta, além de outros enfeites pequenininhos", conta.





Dançando conforme a música...

Além das oito horas diárias de gravação, Juliana divide seu tempo entre aulas de ioga e dança indiana. "É muito difícil. A professora disse que eu pego rápido os movimentos de cabeça, mas o complicado é doutrinar o olhar, porque assim como você movimenta as mãos, movimenta os olhos, que são importantes, já que é onde está a sensualidade da dança. As mudras (movimentos de mãos na dança indiana) são difíceis, pois cada posição de mãos e dedos tem um significado diferente."

Vida a dois
Depois de ter subido ao altar em setembro passado, Juliana não vê grandes mudanças na nova rotina porque já levava uma vida em comum com Carlos Eduardo. "Eu e Dudu nunca moramos na mesma casa só porque a gente não tinha o mesmo armário para dividir. Mas estar, jantar e dormir juntos todos os dias era uma vida de casada.

Para mim, a festa de casamento foi uma celebração pelos cinco anos que a gente já viveu e por tudo que ainda está por vir", afirma a atriz, que diz também gostar de reservar alguns momentos só para ela.

"Não tem coisa de que eu goste mais do que ficar sozinha de vez em quando. Adoro a minha própria companhia por algumas horas. Claro que não é o dia inteiro. Domingo, o Dudu às vezes vai surfar, e é muito bom quando chega a noite, poder ver o Fantástico juntinho, comentar", derrete-se.

Quem casa, quer casa!
Instalada na casa nova na Barra da Tijuca desde dezembro, Juliana anda às voltas com os ajustes finais da reforma, mas prefere não encarar a arrumação. "Eu sou péssima dona-de-casa. Principalmente na cozinha. Só sei fazer o básico, o feijão-com-arroz. Tá bom, né? Mas graças a Deus eu tenho a Marinete lá", brinca. Quando o assunto é decoração, ela se empolga e conta que adorou seus presentes de casamento. "Ganhei um conjunto inteiro de louça do Romero Britto. Estou encantada, apaixonada. É muito lindo, um xodó pra mim. Ganhei muita prataria bonita e teve alguns inusitados que eu amei, como uma máquina de massagem maravilhosa."

Como nossos pais...
Embora tenha vontade de ser mãe, Juliana decidiu adiar o sonho, por enquanto. "O Dudu quer, a minha família também. Meu pai não fala em outra coisa, mas pintou a novela e esse projeto foi adiado. Tenho vontade de ter filhos desde os 26 anos, mas um projeto é outra coisa. Sou uma pessoa saudável, não vejo problemas em ser mãe aos 30 anos. Talvez eu espere mais um ano. Quando a novela acabar, aí eu vou ver." Mesmo assim, ela já se imagina como mãe. "Acho que eu vou ser bem severa. Uma mãe ariana como a minha mãe. Mandona, impositiva, que quer do jeito que quer e na hora, mas que ao mesmo tempo faz tudo pelo filho. Minha mãe fez tudo por mim. Ela era severa nas cobranças, mas muito generosa para dar. Eu vou ser assim", explica. Mas, ao pensar no marido como pai, a atriz volta atrás e acha que é ele, na verdade, que vai ser mais durão. "A comparação que eu tiro é com a nossa cachorra, a Chloé. Ele é muito preto no branco, sabe? Com ele não tem meio-termo, é certo ou errado, oito ou oitenta. Vamos ter que ter cuidado para não ser severos demais", diz.





Pela experiência de tia de Gabriel, 5 anos, e Larissa, 3, Juliana está mais para mãezona. "Tudo que minha irmã Rosana fala que não pode, eu falo pode sim", diz. Juliana conta que a irmã morre de rir quando ela conversa com as crianças com se estivesse falando com adultos.

Outro dia, o tema da conversa da tia com as crianças era amor incondional. "Só ouvi a minha irmã gritar: Juliana, você acha que eles sabem o que é isso? E o Gabriel disse: Eu entendi, eles iam se amar pra sempre. Quer dizer, ele não entendeu exatamente, mas ele pegou o espírito da coisa. Eu amo criança."

Carnaval
Depois de cinco anos à frente da bateria da Viradouro, Juliana abandonou o posto de rainha. "Foi uma decisão muito pensada", afirma ela, que não sabe se vai assistir aos desfiles. "Meu Carnaval vai ser no Projac. Claro que a gente consegue dar uma saidinha à noite, mas ainda não sei se vou para a Sapucaí. Vai ser uma emoção muito forte pra mim. Se eu sentir que vou sofrer, então fico em casa. Vejo pela tevê. Se eu sentir que está tranquilo, aí talvez eu vá", planeja ela, que ainda corre o risco de passar a folia longe do marido. "O Dudu quer viajar para fora do Brasil. Talvez ele nem esteja aqui. Ele gosta de viajar no Carnaval, eu é que nunca deixava."

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