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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Indiana à Brasileira

Extraído de: http://oglobo.globo.com/cultura/revistadatv/



"Conversar com Juliana Paes, de 29 anos, não é tarefa simples. Não porque a moça seja uma estrela no sentido pejorativo, mas por pura falta de tempo da bela, que sempre tem algo para fazer: estudar texto, fotografar, ir à aula de hip hop, ioga e dar atenção ao marido, claro. Agora que grava "Caminho das Índias", próxima novela das oito que estréia em janeiro, em que viverá a indiana Maya, sua primeira protagonista, ficou ainda mais complicado.

No entanto, quando a agenda desta jovem atriz permite, a conversa rende. "Ai, fiquei rouca de tanto falar com você!", brincou, ao final da entrevista. Não é difícil entender por que Glória Perez a quis em sua novela. Além de bonita, Juliana mantém os pés no chão e é carismática. Nem os indianos resistiram à simpatia dela.





DIÁRIO - Como é viver a primeira protagonista?
Juliana Paes - Acho incômodo rotular um ator de protagonista. Não acho confortável Só Freud explica! Soa arrogante e me dá medo. Não há diferença em ser ou não protagonista porque o processo de construçãodo personagem é o mesmo.

Mas você terá um ritmo de trabalho mais puxado, não?
Muito mais! Será menos tempo e mais cobrança. Terei que estar bem afiada, principalmente no começo, quando as críticas são mais fortes. Será diferente fazer a Maya pela dificuldade da personagem. Não será fácil eu, brasileira, viver uma indiana. Sinto um frio na barriga. Atores feras me disseram que será hora de mudar quando eu não sentir mais isso.

Como será Maya?
Ela é uma indiana que pertence a uma família de casta média, a dos comerciantes. É romântica, alegre e doce. Olha cenas de filmes e imita, faz caras e bocas. Ela é apaixonada por Bollywood, que tem aquelas histórias de amor impossíveis.

Não dá para imaginar você, tão sensual, fazendo caras e bocas sem ficar engraçado. Ela terá humor?
É difícil dizer... Talvez seja uma característica minha.Sou muito 'palhacenta', brincalhona, debocho, faço piadinha. Sem querer, a gente acaba passando isso. Estou tentando dosar a Maya porque as indianas são sérias. Dar credibilidade para ela é meu maior desafio...

Por quê?
Preciso dar um tempero brasileiro a esta mulher. Não adianta fazer uma indiana e o público não ter empatia.

Chegou a conversar com muitas mulheres indianas?
Com várias! É incrível, mas até quando falam de algo engraçado elas não dão risada. São contidas. Imagina eu ali? Sou muito expansiva. Gesticulo, faço brincadeiras, coloco a mão no ombro da pessoa. Isso lá é o maior mico. Devem ter me achado uma louca! (risos)

Foi muito difícil entender o sistema de castas (a sociedade indiana é dividida em classes rígidas)?
É algo muito complexo porque a casta é como se fosse um divisão por raça. Apesar de estar banida legalmente, ela é culturalmente muito forte. Uma pessoa de uma casta superior não se casa com a de uma inferior. Há alguns casos, mas todos trágicos. Fazem o que os pais mandam.

Parece que Maya não será assim submissa...
Ela é até moderna, trabalha fora e se apaixona por Bahuan (Márcio Garcia), que foi criado por um sacerdote e viajou para estudar. Mas, por dentro, ele é de uma casta inferior. Não poderia se casar com Maya. Ela chega a tentar apresentá-lo à família, porém faz a vontade do pai e se casa com Raj (Rodrigo Lombardi).

Foi difícil de entender?
Acho que o grande barato da novela será mostrar isso.Os indianos precisaram de ensinamentos ancestrais para se modernizar. Eles adoram computador, videogame, celular. Mas só conseguem lidar com isso mantendo a tradição.

O ataque terrorista a Mumbai aconteceu um mês depois do elenco voltar para o Brasil. Ficou assustada?
Claro. Quando estávamos em Nova Délhi aconteceram vários incidentes menores. Infelizmente, este é o momento lá, por isso as gravações foram feitas em zonas fora de conflito. Como este atentado foi maior e envolveu turistas, todo mundo falou.

Dois meses antes de"O Clone", que falava de muçulmanos, estrear houve o atentado às Torres Gêmeas nos Estados Unidos.
E a novela foi um sucesso. Se for pensar assim, "Caminho da Índias" também será.

O que achou da Índia?
Sou suspeita. As pessoas foram muito dóceis. Gostei do colorido, da paisagem poética. A pobreza incomoda, mas é um país maravilhoso.

E a química com Márcio?
Eu e Márcio somos amigos há muito tempo. Fotografamos juntos antes de sermos qualquer coisa. Trabalho com um velho amigo.

Convenceu os indianos?
Acho que sim! Fiz uma apresentação de dança lá e gostaram. Não acreditaram que aprendi em um mês! (risos) "



Juliana Paes grava em monumentos indianos:

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